Já à venda na Wook, na Bertrand, na Fnac, em qualquer Gaudeamus. e nas principais livrarias da região e do país.
Reunir, numa única proposta editorial, o contributo de inúmeros investigadores representará porventura o contributo mais inovador desta obra.
não haverá, porventura, melhor e mais simbólica forma de assinalar a vitalidade e o potencial de uma instituição que através da celebração do seu inconformismo, capacidade de intervenção e propositura no espaço público.
– João Sobrinho Teixeira (p. 11)
No ano em que se assinalava o 30.º aniversário da Universidade da Madeira a Académica da Madeira tentou dar corpo a um conjunto de preocupações, de estudos e de pesquisas sobre as oportunidades e sobre os diversos constrangimentos impostos às instituições de ensino superior, com especial enfoque no ingresso, adaptação, frequência e sucesso dos seus estudantes.
Com prefácio de João Sobrinho Teixeira, Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e com posfácio de Sílvio Fernandes, Vice-reitor da UMa, a obra conta com a participação de Teresa Alvarez, António Manuel Valente de Andrade, Amélia Augusto, Germano Borges, Irma da Silva Brito, Ricardo Cabral, Hugo Carvalho, Carlos Albino Veiga da Costa, João Falcão e Cunha, Diana Dias, Hugo Dionísio, Elísio Estanque, Paulo Ferraz, António Fragoso, Joana Mira Godinho, David Gomes, João Castel-Branco Goulão, Ana Carla Madeira, Rosa Marchena Gómez, Helena Águeda Marujo, Daniel Monteiro, Luís Valentim Pereira Monteiro, César Augusto Lima Morais, Natália Pacheco, Paulo Peixoto, Henrique Pereira, José Luís Rodrigues, Liliana Rodrigues, Catarina Sales Oliveira, Rafael Santana Hernández, Patrícia Santos, Idalina Sardinha, Armando Manuel Marques Silva, Margarida Mano, Marlene Conceição Batista Teixeira, Gonçalo Cardoso Leite Velho, Carlos Vieira, Isabel Vieira, João Pedro Mendonça Vieira e Maria Manuel Vieira.
“Este livro tem um duplo propósito e, como os demais, tem uma história por trás. Há cerca de dois anos, um grupo de colegas de diferentes proveniências científicas e profissionais considerou fundamental encaminhar algumas das preocupações comuns para um debate, escrito e multidisciplinar, em torno da temática dos estudantes e das instituições de ensino superior”, referiu uma das coordenadoras da obra, Andreia Micaela Nascimento. “Dado que considerámos que o grupo de trabalho a constituir deveria pautar-se pela heterogeneidade disciplinar e institucional, foram endereçados diversos convites a autores e investigadores, colocando ao serviço de um público mais vasto, que não o meramente académico, alguns produtos de estudos e pesquisas sobre desafios transversais a todas as instituições do Ensino Superior”, acrescenta.
Os temas versam sobre a igualdade entre mulheres e homens, a autonomia, as barreiras informais de acesso ao ensino superior, a mobilidade internacional, a importância da universidade na promoção de uma cultura de honestidade, a avaliação, a educação inclusiva, o ensino doutoral, o trabalhador-estudante, os estudantes não-tradicionais, a inserção dos jovens diplomados no mercado de trabalho, a sexualidade e a saúde, o sucesso, insucesso e desistência no ensino superior, a sustentabilidade, o bem estar, o desporto, a ciência e a fé, a acção social, entre outros.
O resultado deste longo período de trabalho será apresentado no próximo dia 10 de Abril, em directo na TSF Madeira 100FM, entre as 17:00 e as 18:30, a partir do auditório do Colégio dos Jesuítas do Funchal.
A obra ensaística 31 Desafios para o Ensino Superior constitui o primeiro de vários volumes que se perspectivam para os próximos anos dando, desta forma, início a uma nova colecção com a chancela editorial da Académica da Madeira.
O QUE DIZ, quem sabe!
“Por razões de sobrevivência académica (a excelência é medida em número de publicações com fator de impacto), ego e indiferença, muitos dos profissionais da Universidade alinham-se com os designados indicadores da excelência, especificamente com os critérios quantitativos de avaliação do trabalho científico”. Germano Borges, Universidade do Minho, p. 28
“é requerido ao Ensino Superior que se assuma como uma fonte de iniciativas viradas à comunidade, onde o estudante possa simultaneamente aprender pela prática e encontrar o sentimento de significância que é essencial no seu percurso académico. Pede-se ao Ensino Superior que os professores, mais do que produzirem conhecimento e evidência constante, sejam igualmente tutores ou catalisadores de iniciativas que partam dos alunos e incidam nos seus pares”. João Castel-Branco Goulão, Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências, p. 44
“Numa altura em que a democracia é em muitos palcos ameaçada, a liberdade académica e a autonomia universitária, intimamente ligadas aos processos democráticos, precisam de ser reafirmadas e defendidas pelo seu papel enquanto farol de progresso social e cultural”. Margarida Mano, Universidade de Coimbra, p. 59
“Parece assim existir em Portugal, ao longo de todo o percurso educativo, um processo de selecção que, de forma consistente, tende a afastar os estudantes menos favorecidos, em termos económicos e sociais, dos percursos de sucesso que conduzem ao ensino superior.”. Carlos Vieira e Isabel Vieira, Universidade de Évora, p. 63
“a universidade é uma instituição muito relevante e incontornável para fomentar uma cultura de integridade, mas as iniciativas e mecanismos que possa desenvolver nesse sentido podem tornar-se uma luta inglória, uma vez que o fenómeno é complexo, consolidando-se a montante da chegada à universidade.”. Paulo Peixoto, Universidade de Coimbra, p. 76
É tempo de a Universidade questionar e desconstruir o consenso que reúne a versão dominante da excelência. Talvez seja o momento dos académicos em Portugal refletirem sobre as suas práticas diárias na Universidade, se estão ou não alinhadas por motivos de sobrevivência académica com o quadro performativo vigente”. Germano Borges, Universidade do Minho, p. 30
“existem indícios de que a procura por novas formações académicas entre os graduados na RAM em situação de inatividade económica é menos notória do que no Continente. A este nível, a UMa possui um papel central enquanto única universidade pública nesta região, sendo portanto importante que continue a apoiar a procura e a reforçar a oferta de cursos pós-graduados, mestrados e doutoramentos que permitam aos graduados nesta região atualizar conhecimentos e adquirir novas competências ao longo da sua vida.” César Morais, Universidade Nova de Lisboa, p. 140