O LAGO DAS SEREIAS

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A obra está à venda na Gaudeamus, na Fnac, na Wook, na Bertrand (online e lojas) e noutros livreiros nacionais e regionais.

A Académica da Madeira criou, este mês, a CADMUS, uma nova editora que funcionará em paralelo com a Imprensa Académica, que possui uma clara matriz universitária. A criação desta nova editora surge da necessidade de termos uma linha mais generalista, de novos autores, de livros independentes e que edita em Portugal para todo o mundo.

A CADMUS e a IMPRENSA ACADÉMICA combinarão, com um posicionamento editorial distinto, 8 novas obras a serem editadas até dezembro de 2020. Para 2021, ambas as editoras esperam continuar a crescer e a contribuir para o sector do livro em Portugal e no mundo.

Cadmus, que dá nome à nova chancela, é considerado o primeiro herói da mitologia helénica. Para Heródoto, teria sido o introdutor do alfabeto fenício na Grécia Antiga, originando o alfabeto grego.

O livro

“As minhas sereias segredam-me que um dia destes levar-me-ão até ao mar que fica mesmo à frente.
Oiço o som da água a bater no calhau lá em baixo e quase acredito nelas”.
Pág. 83

O livro, O LAGO DAS SEREIAS, da autoria de Délia Gomes, assistente Social na Casa de Saúde Câmara Pestana desde 1994, será apresentado ao público no dia 16 de outubro, sexta-feira, pelas 18 horas, na Reitoria da Universidade da Madeira, ao Colégio dos Jesuítas do Funchal.

Natural de Santa Luzia, no Funchal, a autora é licenciada em Serviço Social com Pós-graduação em Intervenção Sistémica e Terapia Familiar e apresenta o seu primeiro livro no mês em que se assinala o Dia Mundial da Saúde Mental.

O LAGO DAS SEREIAS constitui uma obra em “formato híbrido entre a ficção e a realidade”, diz a autora. Se a primeira parte é mera ficção, a parte subsequente traduz “aspetos históricos e vivências reais experienciados ao longo de 25 anos de trabalho”, acrescenta.

A obra constitui um convite à reflexão e ao conhecimento sobre a história da psiquiatria e da saúde mental e um alerta quanto à necessidade de quebrar tabus e estigmas associados às pessoas que sofrem ou sofreram de doenças do foro mental.

Com prefácio de Margarida Cordo e Posfácio de Mónica Teixeira, a narrativa da obra começa num lugar pacato, no Curral das Freiras, onde algo de terrível acontece. Uma criança surge do nada e apenas sabe o que lhe dizem, que veio de um orfanato do Funchal. Em idade jovem, a sua vida complica-se, quando começa a ouvir vozes. Fechada numa cela, escreve o diário das suas angústias e agruras à procura da liberdade.

“Este livro é um grito que fica a fazer eco em nós”, escreve a jornalista Laurinda Alves. “Baseado em factos reais leva-nos por caminhos e lugares que parecem irreais, mas revelam a vida de muitas mulheres excluídas do mundo”.

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