LÍQUENES DO PORTO SANTO, de José Campinho
Este livro tem por objetivo principal a divulgação do valor patrimonial muito rico dos líquenes do Porto Santo. […] A superfície rochosa e muito pouco arborizada da ilha do Porto Santo constitui o cenário natural onde mais se evidencia a beleza destes organismos vivos a revestir a paisagem.
[…] A fotografia tem neste livro uma presença relevante, por vezes dominante, na tentativa de revelar a dimensão estética do mundo dos líquenes do Porto Santo.
José Campinho
A IMPRENSA ACADÉMICA apresenta LÍQUENES DO PORTO SANTO, de José Campinho, uma obra para todos os que queiram conhecer melhor aquela ilha, em particular o seu ecossistema.
Sobre a Obra
Não é invulgar, ao olharmos para uma forma rochosa, ou para o tronco de uma árvore, encontrar líquenes de aspeto, forma, padrão e cor variáveis. Na ilha do Porto Santo, os líquenes representam um valor relevante do património natural existente.
Estão identificadas mais de duas centenas de espécies de líquenes neste pequeno território insular, algumas delas endemismos, ou seja, espécies que só ali podem ser encontradas.
Em LÍQUENES DO PORTO SANTO, José Campinho aborda a representatividade e as características da flora liquénica da Ilha Dourada ao mesmo tempo que faz uma leitura cultural destes organismos “enquanto referentes sugestivos nas artes plásticas, na música e na poesia”.
A par do texto expositivo, José Campinho apresenta uma interessante coleção de fotografias de líquenes do Porto Santo e do seu enquadramento na paisagem da Ilha Dourada.
“A fotografia, talvez mais do que as palavras, é, nesta obra, uma forma de mostrar a beleza, a diversidade e a plasticidade das formas e das cores dos líquenes, cuja omnipresença discreta na paisagem do Porto Santo passa, geralmente, despercebida ao olhar quotidiano”, diz o autor.
LÍQUENES DO PORTO SANTO tem revisão científica de vários investigadores nos domínios da Biologia e da Geologia. Sem descurar o rigor científico, obra pretende ser acessível ao leitor comum, que se interesse por conhecer melhor o património natural do Porto Santo.
A publicação de LÍQUENES DO PORTO SANTO foi patrocinada pela Câmara Municipal do Porto Santo/Porto Santo Reserva da Biosfera.
Sobre os líquenes
Um líquen é uma associação ecológica entre um fungo e um ser vivo capaz de realizar fotossíntese, seja ele uma alga ou uma cianobactéria, que assegura a sobrevivência de ambas as formas de vida.
Pequenos e leves, fáceis de dispersar, os propágulos dos líquenes são também muito resistentes e conseguem viajar longas distâncias, pelo que não será de admirar que os encontremos em ilhas oceânicas ou noutros territórios de difícil acesso.
No processo de ocupação de um território inóspito pelos seres vivos, os líquenes encontram-se entre os primeiros povoadores.
Através da sua atividade, podem ajudar ao desenvolvimento de espécies vegetais e até de espécies animais, servindo até de alimento a alguns grupos.
Os líquenes são desde há séculos usados pelo homem para diversos fins, designadamente como fonte de pigmentos para telas artísticas ou para tingimento de tecidos. Com este fim, algumas espécies, como a Roccella tinctoria tiveram alguma relevância económica em longos períodos da história das ilhas dos arquipélagos da Madeira e Canárias.
Internacionalmente, desde há duas ou três décadas, algumas espécies de líquenes são usadas na biomonitorização da qualidade do ar e dos ecossistemas. A sua sensibilidade às alterações no meio natural faz com que sejam considerados bioindicadores de excelência, ou seja, alarmes naturais para fenómenos que possam afetar o ecossistema em que se inserem.
Sobre o Autor
JOSÉ CAMPINHO nasceu em 1968, em Gamil, Barcelos. Antigo jornalista, é professor na Escola Básica e Secundária do Porto Santo desde o ano 2000.
Licenciado em Humanidades pela Faculdade de Filosofia de Braga da Universidade Católica Portuguesa, é mestre em História das Instituições e Cultura Moderna e Contemporânea, pela Universidade do Minho e doutor em Estudos Portugueses – Literatura e Cultura Portuguesas pela Universidade Aberta.
É autor de O Círculo Católico de Operários de Barcelos (2007) e de Crónicas do Porto Santo (2004).
Participou ainda em várias obras coletivas, tais como o E-Dicionário de Termos Literários de Carlos Ceia, Dicionário Enciclopédico da Madeira, a revista Translocal – Culturas Contemporâneas, Locais e Urbanas (2021), A Condição de Ilhéu: Arquipélago da Madeira (UCP, 2021), Figuras e Figurado (IEFP, 2008); Leituras Soltas (FNAC, 2008); Figurado Português: de santos e diabos está o mundo cheio (Civilização, 2005).
Sobre a Editora
A IMPRENSA ACADÉMICA é uma editora universitária criada em 2014 pela Associação Académica da Universidade da Madeira, que é a sua proprietária e gestora.
Premiada em 2019 com o galardão Boas Práticas do Associativismo Estudantil pelo Instituto Português do Desporto e Juventude, a equipa editorial da Imprensa Académica é composta por estudantes e por antigos estudantes da Universidade da Madeira (UMa).
A atividade da IMPRENSA ACADÉMICA nasce do trabalho de um corpo de voluntários que integra todo o processo editorial, de comunicação e comercial, de forma a permitir a consciencialização do público sobre a importância da leitura enquanto competência fundamental para potencializar conhecimento e inclusão.
Criar leitores constitui o principal desafio assumido pela equipa de voluntários que promove conhecimento e, simultaneamente, o adquire. Cientes de que criar leitores é uma tarefa árdua, acreditamos que é fulcral para perpetuar um percurso escolar e académico de sucesso dos nossos jovens, para a criação de massa crítica e para a existência de uma sociedade aberta e inclusiva.
Este projeto assume uma forte investigação na área cultural e educacional, através da publicação de obras desenvolvidas por autores madeirenses e, concomitantemente, integrar estudantes e antigos estudantes nos vários processos inerentes à publicação de uma obra, como a seleção de conteúdos, a transcrição, a adaptação de textos, a idealização, a revisão ou a promoção, possibilitando a aquisição de experiência e competências úteis para a sua integração futura no mercado de trabalho.