Uma menina feliz: LOURDES CASTRO

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No sítio da Praia Formosa, no Funchal, vivia uma menina feliz. Ela cresceu e tornou-se uma grande artista que pintava, desenhava, recortava, colava… e que viu as suas obras de arte expostas em galerias, em museus, em palácios e em igrejas. Morou em França, onde comeu rabinhos de pão. Viveu em vários países e tornou-se conhecida em todo o mundo. Esta é a vida de LOURDES CASTRO.

LOURDES CASTRO, o primeiro volume de VIDAS (DES)CONHECIDAS, tem o Alto Patrocínio do Presidente da República Portuguesa.

O lançamento deste livro será realizado na antiga Capela de Nossa Senhora de Belém do Colégio dos Jesuítas do Funchal, Reitoria da Universidade da Madeira, no próximo dia 11 de Dezembro, Sábado, pelas 19:30, na presença da família da artista plástica.

A cerimónia, inserida nas comemorações do 30.º aniversário da Académica da Madeira (completados a 10 de Dezembro de 2021), será animada pelos FATUM – grupo de fados da AAUMa.

LOURDES CASTRO

Nascida no Funchal, em 1930, é a mais reconhecida artista plástica madeirense da atualidade.

A sua infância, na casa Praia Formosa, foi influenciada pela avó, a professora Laura Estela Magna, a primeira mulher a estudar no Liceu do Funchal e a fundadora e proprietária do antigo Colégio de São João de Deus (sito ao palacete recentemente restaurado na rua da Carreira, frente à antiga Photografia Atelier Vicente’s). Foi com a avó que começou a desenvolver interesse pela arte e pelas plantas.

Lourdes Castro começou os seus estudos no antigo Colégio Alemão do Funchal. O amor às artes levou-a para Lisboa, para estudar Pintura na Escola Superior de Belas Artes, enquanto integrava exposições coletivas em diferentes galerias da capital.

Em 1955, Lourdes Castro expôs sozinha pela primeira vez, no antigo Club Funchalense (edifício da rua de São Pedro, agora integrado no Colégio da Apresentação de Maria).

Viveu em Munique e mais tarde em Paris, altura em que detinha uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian. Na capital francesa, trabalhou sob a direção de Arpad Szenes e com o incentivo da esposa deste, a pintora portuguesa Vieira da Silva.

Depois de 25 anos a viver em França, voltou, em 1983, à Madeira. Viveu e trabalhou na Quinta do Monte, à época propriedade da família Rocha Machado, onde viveu e faleceu o imperador Carlos da Áustria-Hungria.

Poucos anos depois, instalou-se no Caniço (Santa Cruz), na casa onde, já este ano, recebeu, da Ministra da Cultura, a Medalha de Mérito Cultural atribuída pelo Governo Nacional. Posteriormente, em visita à Madeira, o Presidente da República entregar-lhe-ia as insígnias de comendador da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada.

Entre as suas obras, encontramos pinturas, desenhos e assemblages-collages de objectos pintados em alumínio. O seu grande amor são as sombras: em serigrafia; projectadas; contornos de pessoas em tela; sombras em plexiglas pintado e recortado; sombras deitadas, bordadas em lençóis; e ainda o Teatro de Sombras – sombras em movimento.

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