SOMENTE PALAVRAS de Luísa Sardinha

A CADMUS lançará SOMENTE PALAVRAS, de Luísa Sardinha, no próximo dia 26 de maio, pelas 18:00, no Centro Comunitário do Funchal, junto à Biblioteca Municipal.

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Fotografia de Kamala Bright.

O local escolhido para o lançamento não poderia ser melhor, pois como observa a autora: «Desde criança que o mundo dos livros sempre me cativou. Passava grande parte do meu tempo livre a ler. Tudo isso fez com que, já adolescente, apreendesse o mundo à minha volta e os livros que lia através da escrita do meu diário».

Luísa Sardinha aventurou-se também por outros géneros literários, mas é na poesia que tem sido mais ativa, desde os tempos em que ainda era estudante. «Já na universidade, e depois de ler vários poetas, como a Florbela Espanca, Pablo Neruda, Fernando Pessoa… fascinou-me o mundo lírico e comecei a escrever espontaneamente textos poéticos». Porém, como também esclarece a autora, «a minha escrita não se cinge a um único género, mas é transversal à poesia e ao conto infantil».

Os poemas de Luísa Sardinha apelam aos sentidos através de imagens sinestésicas de cores, aromas, sons e sensações, levando o leitor para diferentes mundos. A sua escrita é uma fusão de sensações, de memórias e de imaginação, onde realidade e fantasia se completam.

A obra é constituída por cinquenta poemas escritos entre 2001 e 2022 e tem como tema o amor nos seus variados sentidos, refletindo as vivências, emoções e sentimentos da autora. O processo criativo originou poemas com diferentes temáticas, contudo a autora selecionou aqueles com que mais se identifica.

Os poemas de Luísa Sardinha nos transmitem as suas sensações através da simplicidade das palavas e da profundidade das suas vivências. Na poesia de Luísa Sardinha, o amor está em constante sintonia com as palavras e os sentidos, que nos leva a viajar através de um tempo distante, onde o silêncio também é cativante. Refletindo sobre a escrita poética das autoras madeirenses, Luísa Sardinha entende que, nos últimos anos, «notou-se uma evolução na expressão poética feminina e sensual do amor, aspeto reprimido até o 25 de Abril». E a sua poesia brota desta «necessidade de escrever, trazendo cá para fora todo esse mundo».

Como refere Luís Costa, que escreveu o prefácio, «a busca pela beleza interna do ser humano faz da sua poesia um instrumento importante na própria poesia dentro de cada um de nós e sente-se na sua escrita um testemunho de vida plena, carregada de uma liberdade saudável, onde a tristeza dá lugar à esperança no coração humano».

A poesia de Luísa Sardinha tem tanto de leveza como de vibração, uma forma de grito libertador que faz transcender a realidade do dia a dia para a fantasia e o sonho literário. Transmitida de forma simples e expressiva, mas sensual e romântica, ler Luísa Sardinha é uma forma suave e regeneradora de estar consigo próprio, com o seu semelhante, com o mundo e com a natureza.

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